19/03/15 – A Tarde Online
Concha Acústica do TCA será reaberta em agosto
Luana Almeida
A Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA) deverá ser reaberta ao público em agosto deste ano. O anúncio foi feito pelo governador Rui Costa durante visita, na manhã desta quarta, 18, às obras de recuperação do espaço – desativado em 2013 para requalificação.
Com 75% dos serviços concluídos, a reforma integra a primeira etapa da recuperação do teatro e está orçada em R$ 66 milhões, oriundos da Secretaria Estadual de Cultura. Com a segunda etapa, cujo início está previsto para agosto, o total de investimentos é de cerca de R$ 100 milhões.
Na Concha, estão sendo feitas a recuperação da área de shows e a reforma de camarins e demais espaços. A construção de um estacionamento no fundo do prédio principal do TCA também está em andamento.
Com capacidade para 306 veículos, o espaço servirá a todas as dependências do teatro – salas principal e do Coro, Concha, cinema e Sala Sinfônica (os dois últimos integram a 2ª etapa da obra).
O projeto ainda prevê a instalação de passagens subterrâneas sob a arquibancada – para abrigar fiação de equipamentos usados em espetáculos – e de divisórias removíveis nos camarotes.
Para substituir a antiga cobertura metálica, está sendo erguida uma passarela técnica, que cobrirá o palco e parte da arquibancada. A estrutura servirá como ponto de apoio para iluminação cênica. Na parte interna, serão construídos espaços que serão ocupados por uma companhia circense a ser escolhida por meio de edital.
Segundo o governador, a intenção é transformar o TCA em um complexo cultural moderno, que garanta conforto e melhor acessibilidade aos espectadores.
“A reforma do TCA é a maior intervenção em equipamento cultural em andamento no país. Após a finalização, ele estará entre os melhores teatros do Brasil e poderá disputar espetáculos importantes com outras capitais”, afirmou.
Atrasos
As obras na Concha Acústica foram iniciadas em dezembro de 2013. O prazo inicial para entrega era outubro de 2014, mas o cronograma precisou ser alterado.
“A primeira etapa da obra foi financiada pelo Banco do Brasil, porém a verba demorou para ser repassada. Por isso, adiamos o início. Uma vez liberada, a obra acelerou”, explicou Rui Costa.
Ele garantiu que o atraso inicial não vai interferir no andamento da segunda etapa, que será financiada com recursos captados via lei de incentivo à cultura (Lei Rouanet).
“Estamos buscando parceiros que possam entrar com investimentos. Já distribuímos cartas-compromisso à Coelba e Caixa Econômica Federal. Vamos enviá-la, também, ao Banco do Brasil e outros”, disse.
Segunda etapa
As intervenções incluem reformas no prédio principal do TCA, substituição de equipamentos antigos e construção da Sala Sinfônica (para 600 pessoas) e de um cinema (com 150 lugares), além da transformação do centro técnico em Centro de Referência em Engenharia do Espetáculo (Cree).
“A última vez que o TCA foi submetido a uma grande reforma foi em 1993. Fazia-se necessário reparar parte das estruturas, e o novo modelo está adequado às novas normas de segurança”, afirmou o diretor, Moacyr Gramacho.
Para o secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal, o estado contará com um equipamento capaz de abrigar espetáculos de todo o mundo. “Vamos ao encontro do clamor da comunidade cultural e da classe artística baiana, que não tem, há muito tempo, onde fazer grandes shows no centro”, disse.