Sindicato busca respostas sobre a GDF na Saeb e Serin

A diretoria do Sindsefaz se reuniu na noite desta quarta (11) com representantes da Secretaria da Administração (Saeb) e da Secretaria de Relações Institucionais (Serin) para buscar os informes sobre o projeto da GDF dos colegas técnicos administrativos. Havíamos buscado essas informações, na parte da manhã, junto à Chefia de Gabinete da Sefaz-BA, mas um vácuo de seriedade e a ausência de uma moderna relação de trabalho na Fazenda frustrou o objetivo.  

Bem diferente, recebidos por Kelly Costa, coordenadora de Articulação Social da Serin e Adriano Tambone, superintendente de Recursos Humanos da Secretaria da Administração, os colegas Cláudio Meireles, Davi Marcos e Joaquim Amaral ouviram as informações que buscavam. Desde terça (10) já circulava a notícia de que o governo enviaria os projetos à Assembleia Legislativa. Nada mais justo, portanto, que sabermos do que se tratava o texto. 

Adriano Tambone disse que havia fato novo, que era um reajuste do salário base que beneficiará todo o segmento do grupo administrativo. Segundo ele, esse avanço será de 7,51% nesse ano (retroativo a maio) e 5,07% em abril de 2026. Considerando que o de 2026 é cumulativo, o aumento estimado com essa correção alcançará 13% nos dois anos.

O superintendente da Saeb disse que o aumento da GDF será sobre o vencimento já corrigido e terá os percentuais de 60% (para técnico e auxiliar) e 30% (para analista). Que somando a gratificação ao aumento do salário base, o ganho será de 24% nos dois anos.

Tambone revelou que na mensagem de lei a ser proposta serão incluídas duas novas classes na carreira (hoje os técnicos e analistas só têm 4 classes e o auxiliar, 2) e a redução do interstício de promoção para 3 anos. Disse que isso habilitará todo o quadro atual para uma nova promoção, até 2026, representando um ganho médio de 5,5% a 7%, a depender da classe.

Adriano explanou que o reajuste das carreiras sistêmicas implicará num dispêndio de R$ 278 milhões ao Estado e que, como o grupo administrativo está lotado em várias secretarias, com mais de 15 mil servidores envolvidos, esse reajuste guarda uma certa complexidade, exigindo diversos estudos e construções específicas.

Sindsefaz

O nosso diretor Davi Marcos observou aos gestores da Saeb e Serin que a promoção que foi negada ao grupo técnico durante décadas representou forte passivo, deixando a maioria do segmento na classe 2. Que esta promessa trazida pelo governo, de mais duas classes, não beneficiará boa parte dos membros do segmento, que já se encontra às portas da aposentadoria.

Mesmo assim, na opinião de Joaquim Amaral, há o que comemorar que é a redução do interstício de 5 para 3 anos, permitindo a promoção em 2026.

A seguir, a diretoria do Sindicato protestou quanto à ausência de interlocução na Fazenda. Cláudio Meireles observou que é preciso estabelecer um diálogo franco e contínuo entre os sindicatos e o governo. Mas que observa a necessidade dessa modernidade ser aprimorada por parte da Sefaz-BA, que não possui um interlocutor o qual podemos confiar. Que este vácuo cria desgaste, descrédito e falta de confiança. Que o comportamento atual revela descaso por parte do Gabinete para com os seus subordinados.

Joaquim Amaral aproveitou também para registrar o desrespeito do governo à representação sindical, quando esse nega conceder promoção a dirigente em mandato, por argumentos extra jurídicos. Enfim, o Sindsefaz cobrou seriedade na relação, uma vez que há pleitos do grupo fisco e dos aposentados/pensionistas a serem tratados, o que exigirá uma interlocução confiável e um diálogo produtivo.

Salvador, 12 de junho de 2025 | Boletim 3190

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