Boletim Eletrônico nº. 1278 – Salvador, 13 de abril de 2016
Pressão dá resultado, governo recua e promete discutir pontos do PLP 257/2016
A mobilização dos servidores públicos, de forma unificada, parece ter dado resultado. Em reunião nesta terça (12), à noite, com representantes da CTB, da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB) e demais entidades sindicais que representam os trabalhadores no serviço público o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Ricardo Berzoini, prometeu que o governo vai retirar do PLP 257/2016 os pontos que atingem o funcionalismo, para debater com a categoria.
Segundo Berzoini, sensível ao pedido dos servidores, o projeto será excluído do regime de urgência para debate e negociações. O ministro reconheceu que a pressão exercida pelas entidades sindicais levou à decisão de se realizar um debate com o movimento sobre os aspectos polêmicos que envolvem direitos dos servidores públicos. Para ele, o governo pode avançar o projeto de alongamento das dívidas e o novo perfil da política fiscal sem atacar os direitos dos funcionários públicos, buscando uma política fiscal para um ciclo de 4 a 5 anos que possa fazer frente, diminuindo o saldo devedor dos estados e municípios.
Nesta quarta (13), seguindo um cronograma de mobilização contra o PLP, servidores foram à Assembleia Legislativa fazer um corpo a corpo com os deputados estaduais, buscando apoio ao movimento para retirada da proposta do Congresso. Em um auditório cedido pela Casa, aconteceu um encontro com os deputados Luciano Simões (PMDB), Herzen Gusmão (PMDB) e Zé Neto (PT), líder do governo, que chegou já no final. Da mobilização também participou a vereadora de Salvador, Aladilce Souza (PCdoB), que é dirigente do Sindsaúde e prometeu encampar a luta também no legislativo da capital.
A mobilização desta quarta foi além das expectativas da própria direção da Fetrab e sindicatos filiados, pois não atraiu apenas as direções das entidades. A mobilização reuniu em torno de 300 servidores, preocupados com o cenário de arrocho salarial que já estamos enfrentando e que poderá recrudescer com o advento do PLP 257/2016.
O momento é de tensão e preocupações, mas o recuo do governo manifestado à CTB e CSPB mostrou a importância de nossa luta e como a unidade na ação dos servidores federais e estaduais foi fundamental para uma mudança de postura do Planalto. A luta continua.
Sindsefaz,
Avançar na Luta