Sefaz Bahia – 30/06/2014
Ambulantes e comerciantes já lamantam adeus da Copa em Salvador
Foto: Evandro Veiga
A folia é geral no entorno da Arena Fonte Nova, a começar pelo piquenique dos franceses à beira do Dique do Tororó, bem como alemães traçando churrasquinho de gato na Ladeira do Pepino, suíços lotando bares na Fonte das Pedras e os baianos receptivos. Esse tempo de rostos pintados e sotaques diversificados já deixa saudade.
Até para quem trabalhou – e de graça –, o clima de nostalgia já era evidente no penúltimo jogo na Fonte Nova, na terça-feira (1º). “Seria bom se a Copa fosse para sempre. É um ambiente muito mágico”, diz Edson da Silva, 46 anos, voluntário do Ministério do Esporte. A saudade não vai ficar só entre voluntários e torcedores, mas, principalmente, entre os que trabalharam no entorno da Arena e conseguiram tirar “um extra”.
Dos donos de bares aos ambulantes, dos catadores de latinha aos vendedores de amendoim que conseguiram furar a barreira da Fifa, quase todo mundo está satisfeito, a exemplo do artista de rua Manuel Vicente, 36. “Rapaz, a Copa vai deixar saudade, viu. Um momento especial que procurei aproveitar ao máximo”, lamenta o artista, que chegou a faturar R$ 200 por jogo em Salvador. “Os gringos ficam doidos com a habilidade. Me chamam de Neymar, de Pelé e de Ronaldinho. Sábado, estarei aqui para me despedir”, avisa ele.
Os ambulantes do entorno da Arena não querem nem lembrar que o último jogo – Holanda x Costa Rica – vem aí. A galera da Ladeira do Pepino mesmo, sempre lotada de estrangeiros e brasileiros nos jogos, está começando a ficar melancólica. Holanda e Costa Rica.