Secom Bahia – 27/02/2014
Conjunto de intervenções vai gerar desenvolvimento
em Salvador, avalia especialista
O conjunto de obras de mobilidade urbana do Governo da Bahia em Salvador, que já ampliou significativamente a capacidade de deslocamento da população, é considerado por especialistas uma das grandes transformações estruturais verificadas na capital baiana desde os anos 60.
De acordo com o arquiteto Maurício Ribeiro de Almeida, a demanda agora atendida pelo governo está sendo discutida há pelo menos duas décadas e vai mudar a dinâmica de Salvador. “As intervenções, sem dúvida, representam um macro sistema viário tão importante quanto outras intervenções que [no passado] mudaram a dinâmica da cidade, como a abertura das avenidas de vale nos anos 60 e a construção da Avenida Luis Viana, a Paralela, no início dos anos 70”.
O arquiteto da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) explica que a cidade de Salvador é uma península que hoje, do ponto de vista do seu sistema viário básico, pode ser dividida nos seguintes corredores estruturantes: Centro, Orla Atlântica, Paralela, Suburbana e BR 324. Todos os sistemas convergem para o centro da cidade, onde ainda está a maior densidade populacional.
Nas últimas décadas, explica o especialista, a realidade urbana mudou bastante. A ocupação começa a se descentralizar em direção ao norte a partir da efetivação de novos centros urbanos, novos shoppings e áreas de lazer e serviço, ocasionando o deslocamento para outros pontos da cidade. Ainda segundo Almeida, houve um aumento de fluxo e um processo acelerado de ocupação populacional da região da Orla e Paralela, e recentemente também do que é chamado de “miolo” (região central da cidade, entre a BR 324 e a Paralela).
Segundo o arquiteto, os corredores transversais, com a duplicação das avenidas Orlando Gomes e Gal Costa, o metrô e outras intervenções de grande porte realizadas pelo governo desde 2007, significam a criação de alternativas vitais para interligar as diferentes regiões da cidade.
Para Almeida, trata-se de uma grande integração entre regiões bem distintas da cidade, permitindo ganho de tempo, evitando congestionamento e promovendo um encontro entre a área periférica da cidade e a área nobre: “são articulações que estruturam um macro sistema viário. O resultado é de um grande impacto positivo para a mobilidade da população e para o desenvolvimento de Salvador”, avalia.