A taxa de desemprego ficou em 6,8% no terceiro trimestre, segundo dados divulgados nesta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a mesma registrada no trimestre anterior, e ficou pouco abaixo da registrada no 3º trimestre do ano passado, de 6,9%.
O dado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que substituirá a tradicional Pnad anual e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). O novo indicador mostra um desemprego maior que o calculado pela PME, que fechou o terceiro trimestre em 4,93%. A pesquisa, no entanto, só terá dados completos divulgados – como dados de renda, além da desocupação – a partir de 6 de janeiro de 2015, e divulgada em fevereiro.
De acordo com a pesquisa, a população ocupada era composta por 69,8% de empregados, 4,1% de empregadores, 23,3% de trabalhadores por conta própria e 2,8% de trabalhadores familiares auxiliares. “Ao longo da série histórica da pesquisa essa composição não se alterou significativamente”, aponta o IBGE.
No 3º trimestre de 2014, 78,1% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada, segundo o IBGE. O percentual mostra avanço de 1,5 ponto percentual em relação ao 3º trimestre de 2013. Entre os trabalhadores domésticos, 32% tinham carteira assinada – no mesmo trimestre de 2013, essa fatia era de 29,9%. Já os militares e servidores estatutários correspondiam a 68,2% dos empregados do setor público.
A taxa de desocupação é superior para as mulheres: entre elas, o desemprego ficou em 8,2%, enquanto entre os homens ficou em 5,7%. O desemprego feminino é maior na região Nordeste, onde ficou em 10,1% (ante 7,5% para os homens). Já a menor taxa foi registrada na região Sul, de 5,3%, ante 3,4% para os homens.
As regiões Centro-Oeste (61,6%) e a Sul (61,1%) foram as que apresentaram os maiores níveis da ocupação (percentuais de pessoas trabalhando entre aquelas em idade de trabalhar) e a região Nordeste, o menor (51,9%). O indicador foi estimado em 68,3% para os homens e 46,3% para as mulheres. A ocupação é maior entre os grupos com nível de instrução maior: cerca de um terço (31,9%) das pessoas sem nenhuma instrução estava trabalhando. Já entre aqueles com curso superior completo, o nível da ocupação chegou a 79,7%.
De julho a setembro, 39,1% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho – ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas (procurando trabalho) na semana de referência da pesquisa. A região Nordeste apresentou o maior percentual de pessoas fora da força de trabalho (43,2%), e as regiões Centro-Oeste (34,9%) e Sul (36,2%), os menores.