FOCUS: analistas elevam estimativa de inflação para7,47% este ano
Economistas, consultados pelo Banco Central para o boletim Focus, estimam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano deve ficar em 7,47%. O percentual estava em 7,33% na semana retrasada. Se confirmada, a taxa de 7,33% divulgada hoje (02) será a maior desde 2004, quando ficou em 7,6% – ou seja, em 11 anos, informa o G1.
Para 2016, a previsão do mercado recuou de 5,6% para 5,5%. Com isso, a estimativa do mercado para o IPCA de 2015 segue acima do teto do sistema de metas do governo. A meta central de inflação para este ano e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas, portanto, é de 6,5%. Em 2014, a inflação ficou em 6,41%, o maior valor desde 2011.
No começo deste mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, ficou em 1,24% em janeiro, depois de avançar 0,78% em dezembro do ano passado. Essa foi a taxa mensal mais alta desde fevereiro de 2003, quando ficou em 1,57%. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 7,14% – a maior desde setembro de 2011, quando o índice atingiu 7,31%.
A expectativa do mercado financeiro também é de uma nova alta de juros nesta semana. A previsão dos economistas dos bancos é de que a taxa básica da economia, fixada pelo Banco Central, avance de 12,25% ao ano para 12,75% ao ano – um novo aumento de 0,5 ponto percentual.
Para o fim deste ano, a estimativa dos economistas subiu de 12,75% para 13% ao ano. A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Em 2015 e 2016, a meta central é de 4,5% e o teto é de 6,5%.