Notícias

Home » Notícias

Quem bate em estudante merece ser presidente?

Por isso mesmo, Alckmin manteve um diálogo construtivo com a presidente Dilma Rousseff e jamais comprou abertamente a tese do impeachment. Aos poucos, ele vinha amarrando alianças dentro do PSDB, como com o governador Marconi Perillo, de Goiás, e com outros partidos, como o PSB.

No entanto, o projeto Alckmin dependia também de que ele não cometesse erros. Especialmente, que não cometesse erros tão grotescos como a guerra inútil e já perdida que ele próprio criou com estudantes secundaristas, ao decidir fechar 93 escolas em seu projeto de ‘reorganização educacional’.

Numa resistência histórica, os alunos ocuparam mais de 100 escolas e, como Alckmin não se dispôs a dialogar, os protestos migraram para as ruas. A imagem que simboliza a luta estudantil foi captada por Newton Menezes, da Agência Futura Press, e, nela, um policial militar, com os punhos cerrados, agride com um soco no rosto um estudante, como se pretendesse levá-lo a nocaute num ringue de boxe.

A imagem, publicada na capa do jornal Estado de S. Paulo, estará inscrita para sempre na biografia de Alckmin. Se o paranaense Beto Richa era o governador tucano que batia em professores, Alckmin conseguiu ir além. É o governador tucano que bate em alunos. Ou seja, que violenta o futuro.

Não por acaso, esta sexta-feira traz também uma pesquisa Datafolha que revela um quadro desolador para o governador. Sua aprovação caiu vinte pontos e é a mais baixa da história. Se um ano atrás 48% o consideravam ótimo ou bom, hoje são apenas 28%. Menos do que os 30% que consideram sua administração ruim ou péssima.

Alcklmin ainda não repreendeu a Polícia Militar, não pediu desculpas aos estudantes, nem reviu sua reorganização escolar. Mas mesmo que o fizesse, nada seria capaz de ressuscitar seu projeto presidencial de 2018.

Compartilhe:
Entre em Contato

Rua Maranhão, nº 211 - Pituba
Salvador - Bahia | CEP: 41.830-260

Redes Sociais

Você já é filiado?

Faça o seu Cadastro!
Rolar para cima