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Servidores acampam na Superintendência da Previdência Social

02/09/15 – A Tarde Online
Servidores acampam na Superintendência da Previdência Social

Franco Adailton

  • Luciano da Matta | Ag. A TARDE

    Público era orientado a voltar para casa e obter informações via central telefônica, pelo número 135 - Foto: Luciano da Matta | Ag. A TARDE

    Público era orientado a voltar para casa e obter informações via central telefônica, pelo número 135

Servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) acamparam no prédio-sede do órgão, no Comércio, depois de o governo federal anunciar a decisão de manter a proposta de reajuste de 21,3%, dividido em quatro parcelas anuais a partir de 2016.

Apesar de a greve estar prestes a completar 60 dias (começou dia 7 de julho), os segurados insistem em procurar  as agências espalhadas pela capital baiana. Em geral, continuam voltando para casa sem conseguir boa parte dos atendimentos, com exceção da perícia médica em alguns postos.

Membro da coordenação do Sindicato dos Trabalhadores da Previdência Social na Bahia (Sindprev-BA), o dirigente Edivaldo Santa Rita informou que é possível realizar perícia nas agências de Brotas e das Mercês, onde os peritos-médicos não aderiram à greve.

Mas não adianta correr para essas agências inadvertidamente, diz ele, uma vez que as consultas são marcadas pela central telefônica por meio do número 135. “Mesmo assim, não é garantido que todas as consultas sejam atendidas”, alertou o servidor.

Portas fechadas

Esperançoso de dar entrada no processo de aposentadoria, o mecânico Adalberto Farias, 67 anos, vai ter de esperar até o fim da greve (deflagrada nacionalmente). “Quero resolver logo isso, para ir embora para minha terra”, disse o mecânico, que é natural de Araci (distante 230 km de Salvador), enquanto buscava atendimento na agência da Previdência do Comércio.

Mesmo após o fim da greve, pedidos de aposentadoria correm o risco de ser processados apenas a partir do ano que vem, conforme reportagem publicada por A TARDE na edição desta terça-feira, 1º. Isso porque, de acordo com informações do Sindprev-BA, em tempos normais, esse processo costuma levar cerca de dois meses.

Na agência de Brotas, o pedreiro Roberto Oliveira, 54, chegou cedo para a perícia marcada para este terça. Mas, até as 11h30 não tinha sido atendido. “Espero há três meses, estou parado, sem poder trabalhar”, reclamou, enquanto fazia um lanche do lado de fora.

O dirigente do Sindprev-BA Edivaldo Santa Rita rebateu a proposta de reajuste do Ministério do Planejamento. Ele argumentou que as parcelas oferecidas ficariam abaixo da inflação. “Divida 21,3% por quatro e teremos pouco mais de 5% de reajuste por ano. Não dá”, afirmou o sindicalista.

Segundo o servidor, apesar do movimento paredista, alguns setores do INSS na Bahia, como gerências, procuradorias e unidades que atendem a demandas judiciais, estariam em funcionamento. “Em cumprimento a uma liminar da Justiça”, reiterou.

Ministério

Por nota, o Ministério da Previdência informou que ajuizou ação por meio da Advocacia Geral da União para garantir o atendimento em todas as unidades. Segundo a nota, o Superior Tribunal de Justiça determinou ainda a manutenção de 60% dos servidores nas agências durante a greve.

Ainda de acordo com o Ministério da Previdência, a central de atendimento, que atende pelo número 135, está à disposição para informar a situação dos atendimentos nas agências, adotar providências quanto ao reagendamento dos serviços e para orientar os cidadãos.

em 01/09/2015

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