Boletim 1705 – Salvador, 11 de maio de 2018
A Secretaria da Administração do Estado informou que a partir deste mês de maio, devido a integração do metrô com os ônibus, o servidor que mora em Salvador e região metropolitana receberá apenas dois vales-transporte e não mais quatro como ocorreu até abril. A decisão atinge em cheio os colegas do grupo administrativo.
A medida do governo vem em hora imprópria, haja vista que os servidores públicos enfrentam perdas que chegam a 21% e agora sofrerão um novo corte em um benefício que já estava praticamente incorporado à receita mensal. Tem hora que o governo Rui esquece que pratica uma insensível política de congelamento salarial.
Engraçado é que o mesmo governo que é expert no uso da tesoura, age tal qual uma tartaruga quando a situação é contrária. Além de impor confisco salarial com o congelamento, inventar uma região metropolitana em Vitória da Conquista para cortar diárias do pessoal do fisco, mantém congelado há nove anos o vale-refeição dos funcionários públicos.
O que é ainda mais estranho é que o governo promove mudanças e cortes exatamente em questões que atingem os servidores que ganham menos, daqueles os quais o vale-transporte representa alto percentual em relação aos vencimentos.
Importante lembrar que estudo encomendado pelo Sindsefaz junto ao Dieese revelou que em 2017 o governo teve 3,49% de margem entre o que gastou com a despesa total de pessoal e o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal.
O Sindsefaz fez contatos, nesta quinta (10), com lideranças da base do governo para tentar reverter a situação.